Cultura Nerd

domingo, 23 de dezembro de 2007

Então terei que comprar meu filme de novo? :- (

Eu adoro filmes. Vejo sempre que posso, mantenho uma coleção de DVDs. E aqui começa o problema, não é uma coleção de filmes, é uma coleção de DVDs. Quando a coleção começou a ganhar forma eu percebi pela primeira vez que poderia ter um problema quando os DVDs ficassem obsoletos. Sabia que eles iriam durar muito menos que as fitas VHS, mas não imaginava que a ameaça começasse a tomar forma tão rápido.

O pessoal do lado de cima do mundo percebeu há tempos que DVD não combina com as telas gigantescas que poucos de nós têm dinheiro para comprar. Seria necessária uma resolução bem maior para manter a qualidade da imagem. E claro, por que não aproveitar a oportunidade para aumentá-la? Tudo bem, a mídia atual não é suficiente, precisamos de uma nova, entram em cena o Blu-Ray e o HD-DVD. E quanto teremos que pagar pela "conversão do formato"?

Na minha ingenuidade, acreditava que ao comprar um DVD eu estava pagando pelo direito de ver aquele filme. Claro que o preço final inclui o custo da mídia, marketing, logística, impostos etc. Mas acreditava que o "caro" mesmo era pelo direito de ver um filme protegido por direitos autorais, já que boa parte dos custos é diluída quando os DVDs são produzidos em massa.

Vamos fazer uma brincadeirinha. Eu tenho todos os DVDs de Star Wars. Imaginem que a Fox acabou de lançar todos os filmes em Blu-Ray (há uma briga entre os dois formatos, eles estão contra o HD-DVD) e eu quero vê-los no novo formato. Eu paguei por cada um desses filmes, não seria justo pagar novamente pela mesma coisa. Poderia pegar mídias Blu-Ray e copiá-los, não? Partindo dos custos que citei:

Mídia: Fox, deixa comigo, esse eu pago.
Marketing: Vocês já me fisgaram, já paguei pelo filme em DVD.
Logística: Eu não comprei o Blu-Ray com o filme, o custo para distribuí-lo em DVD eu já paguei.
Impostos: Vocês não vendem, vocês não pagam.

Pela lei, copiando o filme eu cometeria um crime. Mas o que eu fiz de errado? Eu já tenho o filme, só quero vê-lo em outro formato. O que seria estar dentro da lei? Pagar novamente pela mesma coisa? Que lei é essa? Lei do mais forte?

Claro que eu busquei uma simplificação do problema, existiriam outros custos como a conversão do formato pela Fox (se cada um pagasse um centavo eles já teriam um lucro absurdo), mas podemos considerá-los desprezíveis. Enfim, vamos ver o que acontecesse até que eu tenha dinheiro para comprar um player de alta definição...

Abraços a todos! = )

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Abrindo a cabeça com Programação Orientada a Aspectos e Ruby

Com o fim das matérias da Pós-Graduação eu finalmente arranjei um tempinho para voltar aqui. Um "tempinho", pois ainda estou em período de adaptação, hehe, espero que os posts voltem a aparecer com freqüência.

Há exatamente um ano eu li um texto no ótimo Webinsinder falando sobre o aprendizado de novas linguagens. Estávamos no fim do ano (como agora, humm...), muita gente de férias e com mais tempo disponível, uma boa oportunidade para aprender algo novo. Uma das coisas mais interessantes que o texto comentava era o quanto podemos aprender conhecendo novas linguagens. Eu sou apaixonado por Java, todo mundo sabe. Mesmo que muitos não gostem, é A linguagem das empresas, em constante evolução e bastante madura. No entanto, o aprendizado de outras linguagens fez com que eu percebesse o quanto isso pode abrir a cabeça.

Eu tive que experimentar a tão comentada linguagem Ruby. Ainda não tinha visto uma linguagem que levasse a orientação a objetos tão a sério, o conceito de Mixin abre um mundo de possibilidades, criando soluções que não são possíveis no Java. E neste ponto eu não consigo deixar de lembrar outra experiência que fiz, a Programação Orientada a Aspectos (POA).

A POA (ou AOP, no inglês) foi uma das coisas mais legais que conheci nesse último ano. Já tinha ouvido falar no início de 2006, mas só recente pude "experimentá-la" com o AspectJ, uma extensão para Java que permite o uso de AOP através da manipulação de bytecodes. É interessante notar que a AOP ataca alguns problemas da Programação Orientada a Objetos que encarava como insolucionáveis, simplesmente os aceitava. Gostei do AspectJ, mas sinto falta de uma linguagem puramente orientada a aspectos. Só não entro de cabeça nesse novo paradigma pois não vejo muita movimentação no mercado em prol dele. Fico na torcida. :- )

Estudar coisas novas fez com que abrisse minha cabeça e enxergasse as mesmas coisas de outra forma. O arsenal de soluções tende a cobrir mais problemas e evita que vejamos tudo como prego porque estamos limitados a um martelo em mãos. Vou seguir com minhas experiências e recomendo! = )


Abraços a todos!

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Justiça proibiu a Telefônica de exigir a contratação de provedor de acesso para Speedy

Os provedores de acesso sofreram um duro golpe ontem. A Telefônica perdeu uma ação movida pelo Ministério Público Federal e está proibida de exigir a contração de provedor para os usuários do Speedy em todo o estado de São Paulo, decisão que beneficia 1,8 milhão de usuários!

Sempre achei absurda a necessidade de contratação de provedores de acesso para os serviços de banda larga, que na prática funcionam como meros autenticadores. Eles desempenharam um papel importante na época que o acesso dial-up dominava e, como reza a lenda, tiveram que apelar para a Anatel quando sentiram que seriam sumariamente eliminados com a chegada do acesso banda larga. Aliás, prefiro nem comentar a atuação das agências reguladoras, poderia escrever um blog exclusivamente sobre isso... :- (

O interessante é ver os comentários da Abranet (Associação Brasileira de Provedores de Acesso) sobre esta questão, vejam abaixo o que falou Eduardo Parajo, presidente da entidade:

“A legislação brasileira proíbe a prestação de serviço de provimento de acesso diretamente pela concessionária de telefonia. Esta foi uma determinação da Anatel em torno da qual todo o mercado se organizou e, agora, somos surpreendidos por uma decisão judicial na contra mão do que diz a lei. Estamos perplexos.”

As concessionárias de telefonia não podem prover acesso? Quem provê o acesso então, o provedor? Só se for no nome!

“Venda casada é quando para comprar um produto você deve comprar outro específico. No caso do Speedy, há mais de 300 provedores credenciados.”

Se a espada é a única opção deveríamos sorrir quando surge a cruz. Se somarmos mais 300 opções chegamos ao nirvana!

“Se as teles dominarem sozinhas o mercado, poderão cobrar muito mais.”

Os provedores não influenciam de forma alguma os preços das concessionárias de telefonia, eles são apenas uma "taxa" que aumenta o preço final para o consumidor.

“A decisão também gera insegurança jurídica para todos que investem no mercado de provimento de acesso e para o próprio setor telecom, que agora está às voltas com uma multa de R$ 36 milhões. Nossos advogados já estão analisando o caso e podemos recorrer à Justiça para defender os provedores.”

Olha o terrorismo! Quem, em sã consciência, investiria no mercado de provedores de acesso? Se os provedores de acesso usaram seu lobby junto a Anatel e não tiveram a preocupação de adequar-se à evolução do mercado é problema deles, investiu quem quis!

É difícil encontrar tanta abobrinha junta, tem que estar muito desesperado mesmo para falar tanta asneira.

Fonte: INFO Online

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Site do Live Earth avisa: streaming com qualidade só no IE

Essa foi difícil de engolir. Fui no site do Live Earth para conferir os shows pelo mundo no meu computador e fui surpreendido pelo aviso abaixo:

The concert is available for most internet browsers, but for the best viewing experience, use Internet Explorer. We believe you are using a browser other than Internet Explorer.

(...)

To watch all concerts in a single player and at the highest quality, close this window, start Internet Explorer and browse to http://liveearth.msn.com.

In Internet Explorer you can:
  • Simultaneosly view updated status for artists at all venues
  • See constantly uptaded information on all concerts
  • Toggle between any concert venue you wish and watch additional "green" footage


Como é um evento que visa promover a conscientização das pessoas em relação ao aquecimento global, ingenuamente acreditei que era algo "politicamente correto". Nada contra propaganda, claro, natural que um evento desse tenha forte patrocínio. A Microsoft está presente em todas as partes do site, não vejo mal nisso. Mas é no mínimo desonesto exibir o vídeo numa qualidade péssima no Firefox e perfeito no IE. Costumo assistir vídeos no Firefox com o Quicktime, sempre ficam ótimos. Surpreendente ver como um evento que se propõe a mostrar a verdade sobre o meio ambiente claramente conta uma mentira sobre o mundo digital por dinheiro. Parece que os 200 mil dólares por palestra são pouco para o Al Gore... = )

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Invasores trocam Windows por Linux na Reitoria da USP

Nunca gostei dos argumentos ideológicos na defesa do Linux, principalmente porque fazem com que lembre da figura fétida do Richard Stallman. E parece que a idiotice definitivamente não tem limites. Após a invasão da Reitoria da USP, um balanço do estrago mostra que 46 computadores tiveram seu sistema operacional Windows trocado pelo Linux. E não apenas arquivos foram perdidos no processo, parece que parte do hardware das máquinas também desapareceu...

Pobre Linux, não é o tipo de divulgação que ele precisa.

Fonte: O Estado de São Paulo

domingo, 20 de maio de 2007

Eu amo Ruby on Rails

Seguindo a filosofia de que o inimigo do meu inimigo é meu amigo, eu descobri, após ver o vídeo abaixo, que eu amo Ruby on Rails.



Para aqueles que querem conhecer um pouco mais, fica a dica dos links nesse site:
NinjaHideout

E ainda para o primeiro contato, o Try Ruby.

Fonte: Gulp

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Eu odeio Java

Apesar de saber que o meu companheiro de blog não compartilha desse meu sentimento de ódio pelo java (muito pelo contrário), achei que seria uma besteira deixar de colocar a minha opinião aqui por causa disso.

Eu sempre reclamei com todos, inclusive com o Bonfa, que o java é lento demais para qualquer coisa. Sempre disse que todas as vezes em que me deparei com uma aplicação java ela se mostrou muito mais lenta do que aplicações análogas escritas em outras plataformas.

Hoje isso ocorreu mais uma vez quando eu tinha que fazer um cadastro em um site para um determinado fim e passei a tarde toda tentando fazer isso. Aqui estão as raízes do meu problema:

1) Hoje era o último dia de inscrição.
2) A porcaria do sistema deles é feito em java ( o que constatei através das inúmeras telas de erro que apareciam após centenas de anos tentando carregar cada um dos formulários).

Eu não aguento mais essa porcaria de java. Se existe algo no mundo da informática que torna a minha vida um inferno, esse algo é a porcaria do java. Eu, assim como todos os demais alunos da UFRJ, passei anos lutando contra o sistema de inscrição em disciplinas da universidade pq algum engraçadinho resolveu que iria utilizar java como plataforma de desenvolvimento.

E adiantando as tréplicas, digo que hoje não se tratava de nenhum site que estivesse recebendo zilhões de aplicações vindas do mundo todo e que justificasse uma lentidão independente da plataforma. E também não era gargalo de rede do servidor pois os todos os demais serviços do portal operavam de forma normal, menos a porcaria do formulário. Era apenas um sistema de formulário feito em java que deveria estar recebendo no máximo uma centena de requisições.

Assim, deixo alguns pedidos para os desenvolvedores:
1) Não usem java.
2) Se não cumprirem o pedido 1, então não usem java para nada que vá ter mais de um usuário, e o utilizem em uma aplicação que possa demorar bastante para responder.
3) Se você vai disponibilizar um simples formulário online, não use java.
4) Se você pode fazer o que precisa em outra plataforma diferente de java, não use java.

Os meus recursos computacionais agradecem, os recursos computacionas dos servidores agradecem, o meu tempo agradecea, e principalmente a minha paciência agradece.